segunda-feira, 15 de abril de 2013

Sabe, tem tardes que eu sento no banquinho que tem no meu quintal

 e fico olhando pro céu. Penso no quanto as nossas vidas se parecem com as mudanças climáticas. Num dia tudo é lindo, azul. Do nada começam a surgir nuvens, são os obstáculos. E em seguida começa a chover, as vezes fraco se for coisa boba, e as vezes forte, se for coisa que realmente abale você. O arco-iris é a esperança de que o azul retorne. Mas, por algum motivo, por mais lindo que esteja o dia, por mais azul que esteja o céu, dentro de mim está um temporal.
Eu me perco no meio disso tudo, presente, passado, futuro, tudo se misturando, tudo me preocupa. A saudade de alguém que já se foi há tantos anos me faz chorar a ponto de me deixar semi-louca. A saudade de pessoas que estão perto me deixam no mesmo estado. Fico perdida no meio das lágrimas. Me esforço pra que as coisas na minha vida tomem um rumo diferente, mas no final, estou sempre ali, em rodeios, andando e parando no mesmo lugar sempre, sempre naquele ponto do círculo. Isso me angustia. Porque eu queria momentos diferentes. Não quero pessoas diferentes. Quero as mesmas. Mas com atitudes diferentes. Atitudes que me fortaleçam, e não que sejam sempre uma rasteira, que me deixe caída, ali, sem saber o que fazer ou o que mudar.

10 de março de 2013

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